quarta-feira, 2 de julho de 2014

A IMPORTÂNCIA DO ARREPENDIMENTO

A Importância do Arrependimento
Texto:2º Pedro 3.1-14
Há sempre uma grande necessidade de se arrepender-se,pois a bíblia sempre nos admoesta a respeito disso,mas arrepender do que? Do Pecado.
O que é Pecado?
Transgressão da Lei                                                                   1º João 3.4
Uma séria doença interior                                                        Isaias 1.4-6
Uma divisória entre Deus e o Homem                                   Isaias 59.2
Uma escravidão terrível                                                            Neemias 9.37
Um empecilho para as bênçãos                                               Jeremias 5.25
Uma triste cicatriz nos nossos corações                                Jeremias 17.1
Uma causa da disciplina de Deus                                            Miquéias 6.13
O que o arrependimento produz (Atos 20.21)
O arrependimento...
É um sentimento profundo de pecado diante de Deus       Salmos 51
Leva ao reconhecimento do estado espiritual                       Isaias 6.5
Quebranta o coração do pecador                                            Salmos 51.17
Rompe com a vida velha                                                            Marcos 2.14
Provoca a tristeza de Deus                                               Lucas 7.38;2º Co 7.10
Leva ao clamor por graça                                                  Lucas 18.13;23.42
Leva ao acerto de pecados passados                              Gênesis 27.19;32.27
Opera nova vida                                                                 1º Ts 1.6,7
Conduz ao serviço do Senhor                                           Galatas 1.23;1º Ts 1.9

Agora que houve o arrependimento(Mudança de Atitude),reconhecimento do pecado,o que acontece com os nossos pecados
NOSSOS PECADOS
Podemos confessá-los ao Senhor                                    1º João 1.9;Pv 28.13
O Senhor expiou nossos pecados na cruz                      1º João2.2
Ele veio para tirar o pecado                                              1º João 3.5
Ele os carregou no seu corpo no madeiro                      1º Pedro 2.24
Ele entregou-se a si mesmo                                              Galatas 1.4
Ele nos conduz a Deus                                                        1º Pedro 3.18

Para Melhor compreensão,no plano da Salvação:
Reconhecer que é Pecador ( Romanos 7.24 )
Arrependimento pelo Pecado (Mudança de Atitude) Lucas 3.8
Confessar os Pecados ( Pv 28.13 )
4º Abandonar o Pecado ( Pv 28.13)
Havendo a necessidade de aceitar a Cristo como Senhor e Salvador da sua alma (Romanos 10.9,10)
Pastor Presidente Claudinei Camargo
Contatos: 35 4103-1250  ou 35 9941-3869
Cultos:
Terças-19:30 as 20:30 Oração
Quintas - 19:30 as 21:00 hrs Oração e Ensino Biblico

Domingos - 19:00 as 21:00 hrs Culto de Departamentos

NÃO DEIXEMOS DE CONGREGAR-NOS

"Não deixemos de congregar-nos..." Hebreus 10.25


DISCIPLINA DA IGREJA

Estudiosos aumentam dia a dia sua convicção de que a doutrina da Igreja vem se enfraquecendo e, em alguns casos, sendo até abandonada pelos evangélicos. Robert W. Patterson, assessor do diretor executivo da Associação Nacional de Evangélicos, expôs sua preocupação na edição de março de 1991 de Christianity Today ("Cristianismo Hoje"):

Quando o presidente Dwight Eisenhower[1] se converteu, ele fez sua pública profissão de fé em Jesus e foi batizado na Igreja Presbiteriana Nacional, em Washington, no segundo domingo após sua posse em 1953. Tivesse o presidente expressado interesse em tornar-se cristão uma geração mais tarde, segundo os prognósticos evangélicos mais conscientes, e ele poderia nunca ter sido desafiado a identificar-se com o corpo de Cristo pelo batismo, tornando-se membro da igreja. Um relacionamento pessoal com Jesus, diria mais tarde, é tudo que realmente importa. [2]

Obviamente, devemos concordar de todo o coração que, sem um relacionamento pessoal com Jesus, tudo é inútil. Mas não devemos argumentar equivocadamente que o relacionamento com Cristo diminui a importância da igreja. Mas, da forma como agem, é exatamente o que a multidão dos evangélicos imagina.
A frequência à igreja está contaminada pela doença da “lealdade condicional” que produziu um exército de “caronas eclesiásticos”. O polegar do carona diz: "Você compra um carro, paga as revisões, a conservação e o seguro, abastece-o — e eu vou com você. Mas, se você sofrer um acidente, estará sozinho. E se eu sofrer algum malefício provavelmente ainda vou te processar".
Assim é o credo de muitos frequentadores da igreja, hoje: "Você comparece ao culto, participa das reuniões e se envolve com todos os compromissos na igreja, paga as contas — e eu apareço de carona para assistir à Escola Dominical ou assistir um culto. E tem mais, se o que eu vou ver por lá não me agradar, vou criticar, reclamar e provavelmente vou dar o fora — meu polegar está sempre pronto para pegar uma carona em outra igreja melhor".
Essa pretensa “lealdade condicional” alimenta-se de uma mentalidade de consumidor de supermercado cristão — que escolhe aqui e ali a forma de preencher sua lista de compras eclesiástica. Os caronas frequentam a uma igreja pela pregação no domingo, mandam os filhos para assistirem a um programa especial dos jovens em outra igreja no sábado e vão à reunião de doutrina em outra. Possuem um vocabulário particular que inclui: "eu vou", "eu assisto", mas nunca "eu pertenço" ou "eu sou membro". George Barna comenta esta maneira de proceder: "A média dos adultos pensa que pertencer (ser membro) a uma igreja é bom para os outros, mas um fardo desnecessário para si mesmos".[3]
Portanto, hoje, no século XXI, vemos um fenômeno inimaginável em qualquer outro século: cristãos sem igreja. Há um grande rebanho de cristãos confessos que vivem como nômades, sem responsabilidade, disciplina ou discipulado, alheios aos benefícios normais da comunhão com a igreja.
Como disse Cipriano (Pai da igreja, século III),[4] eles têm Deus como Pai, mas rejeitam a igreja como mãe e, como resultado, são incompletos e têm seu crescimento retardado. A tragédia é grande e complexa, porque as estatísticas indicam que os homens estão muito menos comprometidos com a igreja do que as mulheres[5] — produzindo inevitavelmente uma liderança contraída.
Quanto à razão pela qual a Igreja caiu em tempos tão difíceis, historiadores revelam que uma forte ênfase ao "invisível corpo de Cristo", dada pelos líderes evangélicos, produziu um descaso implícito pela igreja visível. No entanto, no Novo Testamento a filiação à Igreja invisível, sem participação em uma comunidade local, não é considerada. [6]
Outra razão para a desagregação de muitos cristãos é
1) O histórico individualismo do cristianismo evangélico; e
2) O aprofundamento do impulso contra a autoridade.

A tendência natural é pensar que se necessita apenas de um relacionamento individual com Cristo e com nenhuma outra autoridade. Este pensamento produz soldados cristãos solitários que demonstram sua coragem lutando não na igreja, mas indo sozinhos ao mundo, com a Bíblia na mão como sua bandeira, para enfrentar sozinhos a batalha contra este mundo fora-da-lei.
Este pouco caso pela doutrina da Igreja é estranho, para não se usar outra expressão mais grave. Ele ignora não apenas as Escrituras, mas o consenso dos doutores da Igreja. Agostinho, em Enchiridion, detém-se na igreja visível, dizendo:
“Pois, fora da igreja eles [os pecados de cada um] não conseguem nenhuma remissão. Pois é a igreja, em particular, que recebeu a determinação, o Espírito Santo, sem o qual, nenhum pecado recebe remissão” [7].

Agostinho não podia conceber alguém ser regenerado e, ainda assim, estar separado conscientemente da igreja visível: "O desertor da igreja não pode estar em Cristo, uma vez que não está entre os membros de Cristo”. [8]
Martinho Lutero semelhantemente declarou: "Fora da Igreja cristã, não há salvação ou perdão de pecados, mas uma morte eterna e maldição; embora possa existir uma magnificente aparência de santificação...”. [9]
Calvino repetiu o pensamento de Cipriano de que a evidência de ter Deus como Pai é ter a igreja como mãe. Na realidade, ele dá o subtítulo: "A Igreja Verdadeira com a qual, como Mãe de Todos os Santos, Devemos Manter a Unidade" ao primeiro capítulo do livro IV de seus Princípios[10] E, em seus comentários sobre Efésios, escreve: "A igreja é a mãe comum de todos os santos, que traz alimento e governa no Senhor, tanto reis, como o povo; e isto é feito pelo ministério. Aquele que negligencia ou despreza esta ordem quer ser mais sábio que Cristo. Ai de seu orgulho!”. [11]
Os crentes em Cristo, por isso, deveriam zelosamente guardar e promover a unidade da igreja. Calvino disse: “Existe apenas uma noiva de Cristo e essa noiva é a totalidade de todos os cristãos neste mundo” (Comentário sobre o salmo 133:1). Ele diz ainda: “Unidade e unanimidade são necessárias quando a igreja deseja persistir neste mundo”. Em seu Comentário sobre o Salmo 47:10, ele escreve que “a unidade da igreja consiste no fato de que aquele povo é santamente preparado para seguir a Palavra de Deus, de modo que há um rebanho e um pastor”.
Desde que existe apenas uma igreja, argumenta Calvino, fora dela não há salvação. A razão para isto é que Deus confiou somente a ela o ministério da Palavra e os sacramentos como meios de graça. Esta linguagem forte foi mais tarde modificada na Confissão de Fé de Westminster em 1647 quando ela declarou que fora da igreja de Cristo não existe “qualquer possibilidade ordinária de salvação”. Há exceções, mas, estas apenas provam à regra que nós somos dependentes da igreja como nossa mãe para a dispensa de todos os benefícios salvíficos que Cristo obteve para os crentes. Calvino explica a crucial importância do ministério dela deste modo:

“Contudo, uma vez que agora nosso propósito é discorrer acerca da Igreja visível, aprendamos, mesmo do mero título mãe, quão útil, ainda mais, quão necessário nos é seu conhecimento, quando não outro nos é o ingresso à vida, a não ser que ela nosconceba no ventre, a não ser que nos dê à luz, a não ser que nos nutra em seus seios, enfim, sob sua guarda e governo nos retenha, até que, despojados da carne mortal, haveremos de ser semelhantes aos anjos (Mateus. 22:30). Porque nossa fraqueza não permite que sejamos despedidos da escola até que tenhamos passado toda nossa vida como discípulos” (Institutas, IV.I, iv).

             A lógica aqui é surpreendente. Se Deus é nosso pai através da regeneração, a igreja deveser nossa mãe que nos traz ao nascimento e nos alimenta para a vida espiritual (Gálatas 4:8-22; Hebreus. 5:13-6:1). A igreja, como a noiva de Cristo, diz Calvino,

“... é o ventre no qual o descrente infértil encontra o evangelho, [ela] está impregnadapelo Espírito Santo pela pregação da palavra. É ela que nos nutre, alimentando-nosem seu seio com o leite puro do evangelho, dando-nos mais tarde o alimento sólido da sã doutrina e do discipulado. Ela nos guia com sua longa sabedoria, ensinada a ela pelo Espírito Santo da Palavra de Deus, pelos longos tempos da sua história – a mesma sabedoria de Deus em Cristo, a quem ela se submete. E o seu noivo divino-humano cuida dela, conduzindo-a e amando-a, ensinando-nos através da sua palavra e por meio do seu Espírito – em sua igreja”.


A Confissão Suíça, ou Second Helvetic Confession ("A Segunda Confissão Helvética"), apresenta a idéia ainda com mais força:
Da mesma forma que não houve salvação fora da arca de Noé, quando o mundo foi destruído pelo dilúvio; cremos que não haja certeza de salvação fora de Cristo, que se oferece a si mesmo para ser usufruído pelos escolhidos na igreja; e, quando ensinamos que aqueles que querem viver não podem ser separados da verdadeira Igreja de Cristo (Capítulo 27).[12]

Finalmente, a Westminster Confession ("A Confissão de Westminster") refere-se "à igreja visível... fora da qual não há uma possibilidade ordinária de salvação" (Capítulo 25.2).[13]
Concluímos, então, que os caronas da igreja, os que perambulam pelas igrejas, os soldados solitários, cristãos que desdenham a congregação, são aberrações na história da Igreja cristã e estão cometendo um grave erro.

A DOUTRINA DA IGREJA
Não há texto capaz de inflamar a alma de alguém como Hebreus 12.22-24, que descreve sete maravilhas que o cristão experimenta na igreja:

Mas tendes chegado ao monte e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembléia e à igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados, e a Jesus, o Mediador, e ao sangue da aspersão, que fala cousas superiores ao que fala o próprio Abel.

1) Primeiro, vimos à cidade de Deus — você chega ao monte e à cidade do Deus vivo a Jerusalém celestial. O monte era o local da fortaleza dos jebuseus, que Davi capturou e transformou no centro religioso de seu reino ao trazer a arca do Senhor à presença de Deus. Quando Salomão construiu o Templo e instalou a arca, Sião e Jerusalém tornaram-se sinônimos da morada terrena de Deus. Em Cristo, nós nos tornamos a Jerusalém espiritual, vinda do alto. Num certo sentido, isto ainda está por acontecer, mas, ao mesmo tempo, nós já o atingimos. Os cristãos já são cidadãos dos céus e podem usufruir de seus privilégios.

2) Em segundo lugar, no momento em que a igreja se encontra com os anjos, milhares e milhares deles, numa comunhão de alegria. Moisés nos conta que "miríades de santos" assistiram à entrega da Lei (Deuteronômio 33.2), e de Daniel ouvimos "milhares e milhares o serviam, [os povos daquela época — Deus]; miríades e miríades estavam diante dele" (Daniel 7.10). Davi disse: "Os carros de Deus são vinte mil, sim milhares de milhares", milhares de anjos (Salmo 68.17). Na igreja, nos deparamos com esse desconcertante número de anjos, todos em celebração de alegria. Eles estão por toda parte  poderosos e ardentes espíritos, "espíritos ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de herdar a salvação" (Hebreus 1.14), entrando e saindo de nossas vidas, movendo-se ao nosso redor e sobre nós, a exemplo do que fizeram a Jacó.

3) Em terceiro lugar, chegamos aos companheiros crentes — "à igreja dosprimogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus". Jesus era o primogênito por excelência, e, em virtude de nossa união com Ele, nós somos primogênitos. Todos os direitos de herança vão para o primogênito — a nós, "co-herdeiros com Cristo" (Romanos 8.17). Na igreja fazemos mais do que entrar um na presença do outro — há verdadeira comunhão.

4) Em quarto lugar, chegamos a Deus — "Chegais a Deus, o Juiz de todos os homens". Chegamos com temor, porque Ele é o Juiz — mas não nos aproximamos com um temor covarde, porque seu Filho assumiu o julgamento por nós. Este é o nosso maior gozo — reunir-nos diante de nosso Deus!

5) Em quinto lugar, chegamos triunfantes à igreja celestial — "aos espíritos dos justos aperfeiçoados". Embora estejam nos céus, compartilhamos a solidariedade com aqueles que partiram antes. Dividimos os mesmos segredos revelados e alegrias que Abraão e Moisés e Davi e Paulo.

6) Em sexto lugar chegamos a Jesus, o mediador da nova aliança. Jesus mediou nossa reconciliação com seu sofrimento, morte e ressurreição. No Sinai, Moisés foi o intermediário. Mas o Monte Sinai representa o que era temporário, o que acabou. Mas agora temos uma nova aliança e Jesus é o mediador desta aliança eterna. Não temos de olhar para Moisés e sim para Jesus que é o que remove a culpa e intercede por nós.

7) Em sexto lugar, atingimos o perdão, por causa de Jesus que foi aspergido  sangue derramado  "e o sangue derramado que fala melhor que o sangue de Abel". O sangue de Abel clamou por condenação e julgamento, mas o sangue de Cristo proclama que estamos perdoados e temos paz com Deus. Aleluia!

As Escrituras dizem que, na igreja, "conquistamos" (jál) estas sete sublimes realidades: 1) A cidade de Deus, 2) miríades de miríades de anjos, 3) irmãos crentes, 4) a presença de Deus, 5) o triunfo da igreja, 6) a presença de Deus 7) o perdão!
Se isto não criar uma fonte de graça em seu coração e uma ansiedade pela comunhão com a igreja visível, nada mais o fará!
John Bunyan certa vez contou que caiu em desânimo por vários dias, procurando desesperadamente uma palavra de Deus que viesse ao encontro de suas necessidades — e, então, este mesmo grande texto veio a suas mãos. Bunyan escreveu:
Mas a noite não foi boa para mim; eu já havia experimentado melhores. Ansiava pela companhia de algumas pessoas de Deus com quem eu pudesse partilhar o que Ele me havia mostrado. Cristo era um Cristo precioso para minha alma naquela noite. Eu pude deitar-me em minha cama, como raramente fizera, com alegria e paz e triunfo através de Cristo.[14]

Temos que olhar para estas imagens deslumbrantes do Novo Testamento, num esforço de elevar nossos pensamentos às alturas. Como igreja, somos:
1)  realmente o corpo de Cristo (Efésios 1.22,23). Ele é a Cabeça e, como membros de seu corpo, temos ao mesmo tempo profunda unidade, diversidade e mutualidade.
2) Somos um templo (Efésios 2.19-22). Ele é a pedra angular, e nós, as pedras vivas (1 Pe 2.5), formando um lugar vivo de louvor.
3) Nós somos a Noiva (Efésios 5.25-33). E Cristo, nosso Noivo, nos ama com um amor santo que nos levará às bodas do Cordeiro.
4) Somos suas ovelhas, e Ele, nosso Bom Pastor (João 10.14-16,25-30).
5) Ele é a Videira, e nós, os ramos. Estamos organicamente nEle, retirando dEle todo o sustento de nossas vidas  (João 15.5).

O que deveria esta verdade de que somos Igreja significar para nós? Deveria encher-nos com profunda gratidão, com ação de graças. Temos de cantar: "Sou seu corpo, seu templo, sua noiva, sua ovelha, seus ramos. Eu vim à sua cidade, aos anjos, aos irmãos, ao próprio Deus, à igreja glorificada, a Jesus, ao perdão pelo sangue de Cristo".
Esta doutrina ainda nos conta que a Igreja sobreviverá ao mundo. Harry Blamires escreveu:
O mundo é como um trem expresso, dirigindo-se para o desastre — talvez, rumo à destruição total. E, nesta situação verdadeiramente desesperada, alguns passageiros correm para cima e para baixo nos corredores, anunciando uns aos outros que a Igreja está em grande perigo! Seria hilariante, não fosse tão séria a situação. Porque a maioria dos membros da Igreja já saltou em estações intermediárias. Nós mesmos estaremos saltando em breve, de qualquer maneira. E, se a colisão acontecer e o mundo transformar-se em cinzas, a única coisa que sobreviverá ao desastre será obviamente a Igreja. [15]

Pessoalmente, creio que fazemos parte da maior instituição que o universo jamais conheceu, e que somos tragicamente diminuídos, por não participarmos do corpo de Cristo. Da mesma forma, a igreja também é diminuída por nossa não-participação. Eu e você precisamos da igreja! As Escrituras são muitíssimo claras com relação a isto: "Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações, e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima" (Hb 10.25).
Esta franca exortação tem de ser suficiente. Mas há outras fortes razões para nossa participação fiel na igreja, das quais, como argumentou Cipriano, a menos importante não é a de que todos nós precisamos ter uma mãe. A igreja certamente foi isto para mim. Ela foi o ventre materno que aqueceu minha alma, até que eu estivesse pronto para nascer.
A igreja me deu o leite da Palavra através do poderoso ensino de meu professor doCollege Department, Robert Seelye. Acompanhou-me durante os tempos difíceis através das orações de minhas mães espirituais, como Roselva Taylor. Foi O ventre e o berço de minha esposa também. Quando nossos filhos nasceram, ficava ao nosso lado no momento em que os dedicávamos a Deus. Também foi a mãe de meus melhores amigos.
Devo muito à igreja: Ela me gerou, deu-me à luz e me alimentou até agora com sua palavra, seu conforto e paz. Devemos crer na igreja! (como confessamos no Credo Apostólico: “Creio no Espírito Santo; na santa Igreja universal; na comunhão dos santos”).


Entendo, então, que precisamos da proteção maternal da igreja. E, jamais usufruiremos de seus benefícios separados da Cabeça. Toda a vida cristã gira em torno de compromisso — em primeiro lugar e acima de tudo com Cristo, mas também com a igreja, a família, amigos e ministério. Nenhum destes florescerá sem compromisso.
Por exemplo, o casamento nunca poderá produzir a segurança, a satisfação e o crescimento que promete, a menos que haja um compromisso. É por isso que os casamentos de hoje estão durando cada vez menos. O compromisso de viver os bons e maus tempos é o que faz o casamento solidificar-se.
Numa definição elementar, você não precisa ir à igreja para ser cristão.
Tampouco precisa ir para casa para ser casado. Mas, em ambos os casos, terão um relacionamento muito deficiente.
Dentre os benefícios do compromisso que induzem ao crescimento da igreja, estão:
·                    louvor — a alma é unida a Deus numa única comunidade de louvor.
·                    Ouvir a Palavra — a alma é nutrida com o alimento correto, trazendo saúde para todo o ser.
·                    Participar da Mesa do Senhor — você se sente renovado ao agradecer a Deus pela obra restauradora de Cristo.
Nós te saboreamos, ó Pão vivo, E ansiamos por festejar-te. Bebemos de ti, ó Manancial,
Para matar a sede de nossas almas por ti (Bernard de Clairvaux)
·                    Discipulado — um necessário aprofundamento é alcançado, que o não - comprometido jamais conhecerá.
·                    Visão e missão — uma visão sobrenatural pela vida toma lugar, o que resulta em missão.
Precisamos da igreja porque as Escrituras assim o determinam, porque precisamos de uma mãe e porque, sem esse compromisso, não cresceremos.

A DISCIPLINA DA IGREJA
Não importa quem você seja — presidente da república, executivo ou líder eclesiástico — ou o quanto esteja ocupado, a igreja tem de ser o verdadeiro centro de sua vida. O carona de igreja é uma aberração — assim como o compromisso frouxo.
Os crentes do tipo "agente livre", que vivem experimentando igrejas, uma temporada aqui outra acolá, jamais alcançarão maturidade espiritual. Neste início de século XXI, tanto a Igreja quanto o mundo precisam de homens que pratiquem a disciplina da igreja.
Disciplina da Freqüência Regular
Você precisa comprometer-se com a freqüência regular aos cultos de louvor de sua igreja. Sua agenda precisa curvar-se a este compromisso. Quando viajar, programe-se para estar de volta à igreja e, se isto não for possível, compareça a um culto em outro lugar.
Disciplina da Congregação
Se você não é membro da igreja, precisa comprometer-se diante de Deus a encontrar uma boa igreja, afiliar-se a ela, apoiá-Ia e submeter-se à sua disciplina. -,
Disciplina da Contribuição
O apoio financeiro à igreja deve ter precedência sobre os seus compromissos para-eclesiásticos, e precisa ser regular e sistemático (dez por cento é um bom ponto de partida).
Disciplina da Participação
Seu tempo, talentos, habilidade e criatividade devem fluir sobre a igreja, para a glória de Deus.
Disciplina do Amor e Oração
Timothy Dwight, herdeiro dos puritanos e maior presidente da Universidade de Yale, escreveu:

Eu amo tua igreja, ó Deus!
Suas paredes se estabelecem diante de ti.
Amada como a menina de teus olhos.
esculpida em tua mão.
Por ela minhas lágrimas cairão;
Por ela minhas orações se elevarão;
Para ela meus cuidados e minha labuta serão dados,
Até que a labuta e os cuidados se extingam.